"Levar a própria vida com empenho e conexão interna é nossa responsabilidade individual e social”
Apropriar-se da sua condição humana com clareza
Outro dia ouvindo o testemunho de uma instrutora da yoga americana chamada Cole Chance, me chamou a atenção (ou melhor, ressonou internamente) o quanto a vida humana é tomada por muitos como algo presenteado mas pouco cuidada, levada com zelo. Como se a vida e o destino fossem os únicos responsáveis pela função de se encarregar e dar as direções.
Por muitas vezes me peguei igualmente tão atropelada por afazeres, por cumprimento de tarefas (ou prazos) e até minha prática esportiva, algo que sempre me trouxe prazer, por vezes entrava na mesma categoria. Tornamo-nos robôs programados, reféns sob rédea de nós mesmos, seres pensantes, com desejos e propósitos mas nessas situações, destituídos de discernimento, de consciência. Muito doido!
A pressão por não falhar, por corresponder incondicionalmente às expectativas alheias, por apresentar-se em conformidade a padrões impostos é barbaramente cruel. Mas absorvemos essa forma de ser e estar na vida como própria e nem percebemos a total desarmonia interna.
São muitos os caminhos de volta pra reconhecermo-nos como líderes de nossas decisões, como gestores de nossos comportamentos e apaziguadores de nossa estabilidade emocional.
No Yoga, temos os Yamas e Niyamas, como caminhos de observação ética de si e em comunidade, temos a meditação como busca da equanimidade e neutralidade da mente, temos as práticas de respiração consciente e reparadoras e tantas outras mais possibilidades.
No fim, o que vivencio e aprendo a partir disso tudo é que nossa disponibilidade interna nos leva às transformações sustentáveis do nosso ser.
É que, nessa nossa condição humana somos presenteados com uma imensa riqueza de recursos para a existência mas é somente quando nos entregamos a ouvir e sentir o caminho que o nosso espírito aponta é que honramos chamar a vida como nossa e vivê-la na sua integridade.
Com amor,
Para a sua reflexão:
No seu dia a dia, do que você se apropria para chamar de seu mas ao mesmo tempo sabe deixar ir, sem se apegar?
Quais práticas você adotou para cultivar essa leitura dos seus recursos internos?
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